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quinta-feira, 12 de setembro de 2013

LER É APRENDER



O que ouvimos na maioria das vezes entre os professores é que o aluno não sabe ler nem escrever e sai do ensino fundamental sem exercer esta prática.
 O papel do professor não é somente o incentivo da leitura e escrita, mas o professor em primeiro lugar precisa dar o exemplo de ser um bom leitor e escrever bem independente da área que atua.
É muito fácil na maioria das vezes darmos a culpa para os professores de Português ou culpar os professores de séries iniciais.
Temos que começar a pensar a partir do momento que o aluno chegou até nós, o que vamos fazer para tentar sanar as suas dificuldades de leitura e escrita?
Digo isso constantemente no grupo de professores. Alunos de séries iniciais deveriam aprender a ler, interpretar, escrever, falar e aprender as quatro operações. Os conteúdos específicos de cada disciplina vão ter tempo para aprender depois.
Ensinar sobre relevo, corpo humano, Contestado, área e tantos outros conteúdos através de diferentes gêneros textuais (poesias, receitas, artigos, músicas, piadas, fábulas e tantos outros).
Como podemos passar alunos ano após ano sem ser alfabetizado, muitas vezes porque o sistema exige. E mais uma vez batem na mesma tecla que os conteúdos precisam ser vencidos.
Acredito que está mais do que na hora de começar a pensar o que cada um pode fazer para que isso seja urgentemente solucionado. Jogar a bola e passar adiante é mais fácil, ou simplesmente culpar alguém?
Quando escolhemos essa profissão de professor sabíamos das dificuldades que iríamos encontrar. Abandonar o barco nessa altura do campeonato não dá mais.
Podemos mudar muitas coisas, para que isso aconteça é preciso rever o nosso verdadeiro papel de educadores. Precisamos mostrar para os alunos que gostamos de ler, escrever, falar. Pois de nada adianta mandar apresentar trabalhos e fazer projetos se o próprio professor não o faz.
Precisamos fazer a diferença e sermos inovadores. Não é preciso ter anos de experiência para ver o caos que a educação se encontra hoje.
Uma boa leitura e momentos de reflexão sobre nossas práticas ajudam muito. A troca de ideias com colegas de profissão, encontro por áreas ajuda na nossa maneira de ensinar.

Como disse Paulo Freire:” A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo da busca. E ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria”.