O que ouvimos na maioria das vezes entre os
professores é que o aluno não sabe ler nem escrever e sai do ensino fundamental
sem exercer esta prática.
O
papel do professor não é somente o incentivo da leitura e escrita, mas o
professor em primeiro lugar precisa dar o exemplo de ser um bom leitor e
escrever bem independente da área que atua.
É muito fácil na maioria das vezes darmos a
culpa para os professores de Português ou culpar os professores de séries
iniciais.
Temos que começar a pensar a partir do
momento que o aluno chegou até nós, o que vamos fazer para tentar sanar as suas
dificuldades de leitura e escrita?
Digo isso constantemente no grupo de
professores. Alunos de séries iniciais deveriam aprender a ler, interpretar,
escrever, falar e aprender as quatro operações. Os conteúdos específicos de
cada disciplina vão ter tempo para aprender depois.
Ensinar sobre relevo, corpo humano,
Contestado, área e tantos outros conteúdos através de diferentes gêneros
textuais (poesias, receitas, artigos, músicas, piadas, fábulas e tantos
outros).
Como podemos passar alunos ano após ano sem
ser alfabetizado, muitas vezes porque o sistema exige. E mais uma vez batem na
mesma tecla que os conteúdos precisam ser vencidos.
Acredito que está mais do que na hora de
começar a pensar o que cada um pode fazer para que isso seja urgentemente solucionado.
Jogar a bola e passar adiante é mais fácil, ou simplesmente culpar alguém?
Quando escolhemos essa profissão de professor
sabíamos das dificuldades que iríamos encontrar. Abandonar o barco nessa altura
do campeonato não dá mais.
Podemos mudar muitas coisas, para que isso
aconteça é preciso rever o nosso verdadeiro papel de educadores. Precisamos
mostrar para os alunos que gostamos de ler, escrever, falar. Pois de nada
adianta mandar apresentar trabalhos e fazer projetos se o próprio professor não
o faz.
Precisamos fazer a diferença e sermos
inovadores. Não é preciso ter anos de experiência para ver o caos que a
educação se encontra hoje.
Uma boa leitura e momentos de reflexão sobre
nossas práticas ajudam muito. A troca de ideias com colegas de profissão,
encontro por áreas ajuda na nossa maneira de ensinar.
Como disse Paulo Freire:” A alegria não chega apenas no encontro
do achado, mas faz parte do processo da busca. E ensinar e aprender não pode
dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria”.