Total de visualizações de página

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

SENTIDOS


Vejo ao longe, nuvens negras se aproximarem
Anunciando a tempestade que vai chegar
E percebo uma dança frenética no céu
Cada nuvem querendo um espaço maior
Ouço trovões como se fosse
O rugido de leões amedrontando suas presas
Ecoando entre as nuvens revoltadas
Sinto o cheiro da terra molhada
E as plantas num verde vivo
A espera de cada gota que cai
E percebo que uma lágrima cai lentamente
Sobre meu rosto molhado e provo seu gosto
A lágrima salgada diferente da gota de chuva
Que não tem gosto nenhum
Minha pele arrepia com o toque dos pingos
São gelados e caem como facas penetrando na pele
A tempestade chega inteira com ventos uivando
E percebo que é nesse instante que meus sentidos
Todos eles ficando em alerta.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

LEMBRANÇAS


De tudo que vivi ficou apenas lembranças
Umas apagaram por nada significarem
Outras ficaram na memória
Se eu pudesse voltar no tempo
Talvez tivesse aproveitado mais
E ter feito delas coisas especiais
Mas minha memória é assim
Tem sua defesa contra aquilo que sempre evitei
Uma paixão sem sentido
Um desejo impossível
Uma vida pacata e sem graça
Uma pergunta sem resposta
Assim minha memória resgata
Apenas coisas significativas
Que ainda hoje quando lembro
Tenho vontade de vivê-las novamente
Essa talvez seja a única coisa que me resta
Divagar através de minhas lembranças.

domingo, 27 de novembro de 2011

ROTINA


Quando a noite chega silenciosa
Me junto a ela como companheira
E juntas passamos horas refletindo
Naquilo que seremos quando o dia chegar
Todos os dias são diferentes
Pois a mesmice de nada vale
Fazer algo não planejado
É viver fora de uma rotina
Assim os dias e noites passam
E quando dou por mim
O tempo passou rápido
E penso no que deixei de fazer
Medo de arriscar? Talvez
E quando o dia chega
Percebo que o tempo é curto
E mais uma vez me junto à noite
E percebo que a espera da noite
Tornou-se uma rotina.