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sábado, 6 de março de 2010

DECISÃO...


Após um longo silêncio
Entre eu e o mundo lá fora.
Depois de muitos improvisos.
Encontrei-me novamente.
Administrando meus sonhos
Que já não são suficientes para mim.
Eu decidi viver...
Todos os dias da minha vida.
Viver todos os segundos.
Não fecharei mais meus olhos.
Perante as dificuldades.
Pois me tornei forte.

Queimar na minha memória.
Minhas lembranças do passado.
Eu quero decidir a acreditar.
Que todos possam iniciar.
Inclusive eu.

quarta-feira, 3 de março de 2010

O QUE É "AVALIAR"?

    
  Sou professora há 30 anos e todo o ano fala-se a mesma coisa: Como avaliar um aluno? E todo o ano se vê centenas de alunos ficarem em exames e centenas reprovarem. Será que os 200 dias letivos o aluno foi nota 4,0 ou 3,0? Será que pelo simples fato dele estar em uma sala de aula, e não estar na rua, não seria um motivo para avaliar? Fico pensando se alguém me avaliasse hoje, eu reprovaria sempre nas áreas exatas. O que me deixa indignada é ver alunos que todos os anos ficam em exames, às vezes por décimos, no final do ano os professores se estressam na correção de tantos exames. Mesmo sabendo que o aluno com frequencia global igual ou superior a 75% e média final igual ou superior a 5,0 (cinco) por disciplina será aprovado.
     Será que ser bom professor é aquele que deixa um monte de alunos em exames?Será que o aluno que incomoda em sala de aula, não sabe nada? Ou o que o professor ensina ele está cansado de saber? São perguntas que faço diariamente. Se o aluno chegou às minhas mãos na 5ª série sabendo ler, escrever, ele vai desaprender o que aprendeu? E quando nós, professores, somos avaliados?

     Acredito que a avaliação é um processo do qual fazemos parte todos os dias. Estamos sempre avaliando algo ou alguém. O professor, como qualquer profissional, deve, em primeiro lugar, estar sempre avaliando o seu trabalho, os resultados obtidos e um novo caminho a seguir. Avaliar, então, é também buscar informações sobre o aluno (sua vida, sua comunidade, sua família, seus sonhos...), é conhecer o sujeito e seu jeito de aprender.
    Mas, quando a escola se centra no ensino uniforme, acreditando que existe um aluno ideal e uma única forma de aprender, quem não se aproxima dessa uniformidade se sente excluído. Penso que a atual tentativa de ensinar somente alunos perfeitos é que é utópica extremamente distante da realidade.
    Minha preocupação é com a possibilidade de cometer injustiças. Avaliar é muito difícil e muito subjetivo. É necessário estar consciente do que se quer e do que se faz. Se for preciso mudar nossas práticas habituais, mesmo criando inseguranças e angústias isso já valerá a pena. Penso que há dois protagonistas principais, que são o professor e o aluno. O primeiro precisa identificar exatamente o que quer e o segundo tem de ser parceiro.

    Quero fazer um adendo aqui à fala da professora Vânia Biesus (com a permissão dela) em uma das nossas reuniões: Aqueles professores que no primeiro dia já chegam pedindo, quando é o próximo feriado, e que falam que estão cansados disse:- “Vão vender Avon”. (quero ressaltar que ambas admiramos quem faz isso, pelo menos são pessoas felizes e de bem com a vida).
    Vamos modificar nossa prática em sala de aula, ainda que o sistema educacional não esteja modificado fazendo a nossa parte bem feita. Só assim estaremos contribuindo para que as crianças estejam aptas a atuar no meio em que vivem. “Ou somos os melhores ou não somos mais necessários”. (Desconheço o autor).

domingo, 28 de fevereiro de 2010

SEM MEDO...


Vou aceitar a tua mão
Para não sentir medo.
Eu sei que eu não devia.
Pois você está tão perto.
Tanto para as lágrimas.
Como para os risos.
Concordo que o medo faz parte.
A nossa vida é assim.
Enquanto os piores momentos.
Tornam-se maçantes.
Eu tomo as lágrimas como conforto
Tudo menos à indiferença
Qualquer momento, mas não morrer
E os dias são iguais.
E eu vou saber da minha vida.
E eu vou aprender a superar.
Na presença de muitos.
A respiração compassada.
Eu aprendi a decifrar a vida.
Eu vou aprender as palavras certas.
Eu dou a vida para poder olhar
Castelos, palácios construídos de sonhos.
Eu tomo todos os bilhetes para todas as viagens.
Irei a qualquer lugar.
Eliminar estas horas de ausência.